A morte de crianças voltou a crescer no Brasil, pela primeira vez, desde 1990. Referência internacional na redução das taxas de mortalidade infantil nos governos do PT, com índices melhores que a média mundial, país teve, em 2016, no governo do golpista Michel Temer país retrocedeu e registrou, em 2016, 14 mortes a cada mil nascimentos, um aumento de aproximadamente 5% sobre o ano anterior. Entre as causas, chama a atenção o aumento de 12% nas mortes de menores de cinco anos por diarreia que registravam queda desde 2013
A Fundação Abrinq chama a atenção para o corte de verbas e de orçamentos de programas como o Bolsa Família e a Rede Cegonha, como responsáveis pelo crescimento no número de mortes de crianças brasileiras. Governo golpista também reduziu a cobertura de vacinação universal, protocolo em que o Brasil, até 2016, era referência internacional.
“Políticas de proteção social não podem sofrer cortes nem ajuste orçamentário para o equilíbrio das contas públicas. Isso impacta muito na sobrevivência das famílias pobres e extremamente pobres”, afirma Denise Cesario, Gerente Executiva da Fundação Abrinq. Segundo ela, o reajuste do Bolsa Família não tem levado em conta a inflação do período. Neste ano, a dotação era de R$ 28,7 bilhões, mas, após contingenciamento, ficou em R$ 26,5 bilhões.
Depois do dado negativo, o cenário da mortalidade infantil no país não tem prognóstico de melhora. A tendência é de aumento nos dados referentes ao ano de 2017, segundo os primeiros levantamentos da Unicef.
Fonte: Folha de S. Paulo